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http://www.360portugal.com/Distritos.QTVR/Santarem.VR/Patrimonio/Tomar/
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SABES OU NÃO?
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Continuando a obra do Infante D. Henrique de desenvolvimento
social e económico de Thomar (construção dos “Paços do Infante” no Castelo, reconstrução da ponte, criação da primeira feira franca, aprofundamento do leito do rio para secagem dos terrenos, ampliação dos moinhos e lagares, construção de açudes para regularização do rio e controle das cheias, proteção dos Judeus e construção dos Estaus, das Boticas e das Saboarias), também o Rei D. Manuel I deu muita atenção à Vila: Foral Novo em 1510, construção da Igreja de S. João, edificação do Paço Real em frente à igreja onde, a partir de 1617, foi instalada a Câmara Municipal, mudança do centro cívico da Praça da Ribeira para a nova Praça do Paço Real e Corredoura, criação da Misericórdia e as obras no Convento de Cristo de alargamento da igreja e construção do Coro e Cadeiral, Pórtico e Janela do Capítulo. Este Rei desenvolveu a Arte ou Decoração Manuelina (esta designação vem do nome do Rei) na qual se retrataram os Descobrimentos Portugueses, com a aplicação, em janelas, portais, palácios e igrejas de motivos marinhos, animais ou vegetais, e outros sobre instrumentos náuticos: cordas, âncoras e cabos. São fantásticos exemplos dessa arte o Portal da Virgem do Convento de Cristo (de João de Castilho) e a Janela do Capítulo (de Diogo de Arruda), obra estuda em todas as escolas do nosso país e quase todos os livros escolares no-la mostram. No período Quinhentista (de mil e quinhentos em diante) vieram para Thomar grandes arquitectos, pintores e escultores nacionais e estrangeiros (João de Castilho, Olivier de Gand, Fernando Muñoz, Diogo de Arruda, Gregório Lopes) que fizeram da nossa terra um importante centro artístico internacional! Mas nem tudo foi bom com este Rei, pois decretou a expulsão dos Judeus de Portugal, em 1496 e, portanto, também em Thomar houve consequências: encerramento da Sinagoga, perseguições e autos de fé, o que prejudicou a evolução da Vila. Deves ainda lembrar-te que quando se iniciou a construção do Castelo, vieram trabalhadores e as suas famílias para jnele trabalhar. Ora, os seus descendentes foram mudando para a vila de Thomar, embora no tempo do Rei D. Manuel I e do seu sucessor, o Rei D. João III, ainda aí vivessem pessoas. O Rei D. João III era muito religioso e decidiu transformar a Ordem de Cristo, que até aí era uma ordem religiosa e militar, em ordem religiosa de frades de clausura (“clausura” vem de “claustro” que, como sabes, é um recinto fechado; “frades de clausura” são frades que não podem sair do convento), tendo encarregado para essa tarefa, em 1529, Frei António de Lisboa, seu confessor (um tomarense: António Moniz da Silva). Com tal reforma (mudança) foram expulsos os antigos membros da Ordem e ficaram na posse do Rei todos os bens e propriedades da Ordem de Cristo. Como necessitava de mais espaço para as transformações no Convento que pretendia fazer, o arrabalde que restava junto ao Castelo foi arrasado e desapareceu a povoação intra-muralhas. Deste Rei ficaram grandes obras: no Convento, os novos claustros, dormitórios, refeitório, cozinha, cisterna e salas da Inquisição (conhecidas como Salas das Cortes). O mais imponente claustro do Convento é conhecido por Claustro de D. João III, ou Claustro Principal. Perto do Convento, mandou construir a capela de Nossa Senhora da Conceição, inicialmente pensada para ser o seu túmulo, o que nunca veio a acontecer. Descarrega aqui, para o teu computador, uma ficha de estudo.
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