Abraão Ben Samuel Zacuto
Astrónomo, matemático e médico natural de Salamanca, nascido em
1450. Por ser de ascendência judaica, foi expulso – ou terá fugido – do
seu país, chegando a Portugal em 1492. D. João II, reconhecendo-lhe
o saber e a competência, colocou-o ao seu serviço. Foi autor das
«Tábuas Astronómicas», precioso instrumento de trabalho e navegação
para o empreendimento português das Descobertas. D. Manuel
também o manteve ao serviço de Portugal até à sua expulsão pelas
mesmas razões que o haviam obrigado a fugir de Espanha. Faleceu
na Turquia, em 1510.
Aires de Quental
Feitor-mor (responsável máximo) das ferrarias e minas do início do
século XVI, na mesma época em que foram edificadas as Ferrarias de
Tomar e o Açude Novo das Ferrarias. Mandou construir a Capela de
S. Lourenço. O largo onde residiu ficou com o seu nome.
Amorim Rosa
Tomarense nascido em 1900, foi um militar de carreira (brigadeiro).
Exerceu cargos autárquicos e foi presidente de várias instituições
culturais da cidade. Foi um apaixonado pela História da sua terra,
dedicando-lhe um conjunto de obras literárias e jornalísticas, de que
se destacam os Anais do Município de Tomar, em 9 volumes, e a
História de Tomar, em dois. Faleceu em 1976.
Ângela Tamagnini
Senhora italiana, natural de Milão, da família dos Condes de Livorno.
Nasceu em 1770 e veio, ainda criança, para Portugal, com seu tio,
Inácio Tamagnini, fidalgo e médico honorário de D. Maria I. Conheceu
em Tomar, com quem casou em 1795, António Florêncio de Abreu
e Andrade, filho de Francisco Afonso de Lima, um comerciante de
tabacos e saboaria, chegando a ser Provedor da Misericórdia. Ficou
viúva em 1806. Tomar deve-lhe a generalização dos serviços de vacina
contra a varíola e a não devastação da cidade pelos soldados das
Invasões Francesas. Como sabia falar francês, foi a intermediária entre
as tropas francesas e Tomar, evitando grande devastação, a condenações
à morte de tomarenses e diminuindo as contribuições impostas
pelos franceses. As armas dos defensores tomarenses ficaram à sua
guarda, na sua residência que é hoje a sede da Sociedade Nabantina.
Os canos das espingardas ainda se podem ver no avarandado do pátio
interior daquele edifício.
Angelina Vidal
Angelina Casimira do Carmo da Silva Vidal nasceu em Lisboa em 1847.
Foi professora, jornalista e escritora. Foi directora do primeiro jornal
de Tomar, “Emancipação”, que foi publicado pela primeira vez em 2
de Fevereiro de 1879. Faleceu, também em Lisboa, em 1917.
António Bernardo da Costa Cabral
Nasceu em 1810. Era Ministro do Reino de Portugal (cargo hoje equivalente
a Primeiro-Ministro) no reinado de D. Maria II. Ficou ligado
a Tomar no processo de elevação de Tomar à categoria de cidade, em
1844, e por ter adquirido o Convento de Cristo depois da extinção
das Ordens Religiosas no nosso país, onde construiu uma residência
pessoal. Foi responsável pelo primeiro aproveitamento cultural do
Convento, em 1843, e pelo primeiro restauro da Charola, que decorreu
entre 1864 e 1870. Foi o 1º Conde de Tomar e também o 1º Marquês
de Tomar. Foi representante, ou embaixador, do nosso País junto da
Santa Sé, cargo que desempenhou quase duas décadas. Faleceu em
Portugal, no norte do país, em 1889.
Ângela Tamagnini
Senhora italiana, natural de Milão, da família dos Condes de Livorno.
Nasceu em 1770 e veio, ainda criança, para Portugal, com seu tio,
Inácio Tamagnini, fidalgo e médico honorário de D. Maria I. Conheceu
em Tomar, com quem casou em 1795, António Florêncio de Abreu
e Andrade, filho de Francisco Afonso de Lima, um comerciante de
tabacos e saboaria, chegando a ser Provedor da Misericórdia. Ficou
viúva em 1806. Tomar deve-lhe a generalização dos serviços de vacina
contra a varíola e a não devastação da cidade pelos soldados das
Invasões Francesas. Como sabia falar francês, foi a intermediária entre
as tropas francesas e Tomar, evitando grande devastação, a condenações
à morte de tomarenses e diminuindo as contribuições impostas
pelos franceses. As armas dos defensores tomarenses ficaram à sua
guarda, na sua residência que é hoje a sede da Sociedade Nabantina.
Os canos das espingardas ainda se podem ver no avarandado do pátio
interior daquele edifício.
Angelina Vidal
Angelina Casimira do Carmo da Silva Vidal nasceu em Lisboa em 1847.
Foi professora, jornalista e escritora. Foi directora do primeiro jornal
de Tomar, “Emancipação”, que foi publicado pela primeira vez em 2
de Fevereiro de 1879. Faleceu, também em Lisboa, em 1917.
António Bernardo da Costa Cabral
Nasceu em 1810. Era Ministro do Reino de Portugal (cargo hoje equivalente
a Primeiro-Ministro) no reinado de D. Maria II. Ficou ligado
a Tomar no processo de elevação de Tomar à categoria de cidade, em
1844, e por ter adquirido o Convento de Cristo depois da extinção
das Ordens Religiosas no nosso país, onde construiu uma residência
pessoal. Foi responsável pelo primeiro aproveitamento cultural do
Convento, em 1843, e pelo primeiro restauro da Charola, que decorreu
entre 1864 e 1870. Foi o 1º Conde de Tomar e também o 1º Marquês
de Tomar. Foi representante, ou embaixador, do nosso País junto da
Santa Sé, cargo que desempenhou quase duas décadas. Faleceu em
Portugal, no norte do país, em 1889.
Diogo de Arruda
Terá nascido nos últimos trinta anos do século XV e faleceu em 1531.
De origem alentejana, de uma família de Évora,
foi um dos principais arquitectos do período manuelino.
Desempenhou importante papel nas obras do Convento de Cristo,
cuja intervenção mais emblemática
é a fachada oeste do Coro da igreja manuelina,
onde se destaca a famosa Janela do Capítulo.
Diogo de Torralva
Arquiteto e escultor de origem estrangeira. Foi Mestre-de-Obras do
rei D. João III, que lhe encomendou a construção de importantes
partes do Convento de Cristo. Viveu de 1500 a 1566.
Domingos Vieira Serrão
Pintor tomarense nascido cerca de 1570 e falecido em 1632. Foi pintor
régio de Filipe II de Portugal, em 1619, e no Convento de Cristo.
Trabalhou em Madrid e Coimbra.
Fernando Araújo Ferreira (Nini Ferreira)
Nasceu em Tomar em 1912. Teve uma vida dedicada à terra que amava.
Licenciado em Farmácia, foi jornalista, escritor, cronista e poeta da sua
terra, referência cultural obrigatória e defensor do Rio, de Tomar, da
Festa dos Tabuleiros e tradições do Concelho. Faleceu em 1998.
Fernando Lopes-Graça
Um dos mais importantes compositores portugueses do século XX.
Nasceu em Tomar em 1906. Foi também jornalista, tendo fundado,
em 1923, o jornal “A Acção”. Detentor de inúmeros prémios e elevadas
distinções nacionais e estrangeiras, é uma referência inquestionável
da Música e da Cultura do nosso país. Faleceu em 1994.
Frei António de Lisboa
Foi nomeado em 1529, por D. João III, D. Prior do Convento de Cristo
e Vigário de Tomar, de onde era natural. O Rei encarregou-o da
reforma da Ordem de Cristo, transformando-a numa ordem monástica
de clausura. O seu nome completo era António Moniz da Silva.
Gregório Lopes
Pintor do século XVI. Foi pintor régio de D. Manuel I e D. João III.
Há pinturas suas na Igreja de S. João Batista, na Charola do Convento
de Cristo e na Igreja de Cem Soldos. O Museu Nacional de Arte
Antiga, em Lisboa, tem também obras de sua autoria que são pertença
de Tomar e do seu Convento. Viveu em Tomar de 1536 a 1541.
Gualdim Pais
Nasceu em Amares (Braga), em 1118. Foi companheiro de armas de
D. Afonso Henriques, o 4º Mestre Templário de Portugal e o Fundador
de Tomar. Combateu cinco anos na Palestina.
Faleceu em 13 de Outubro de 1195.
Infante D. Henrique
Nasceu em 1394. Era filho do Rei D. João I. Foi Administrador da
Ordem de Cristo e o grande impulsionador dos Descobrimentos
Portugueses. Viveu parte da sua vida em Tomar, contribuindo para
o seu desenvolvimento. Faleceu em 1460.
Jácome Ratton
Nasceu em França, em 1736, vindo para Portugal, em 1747. Em 1764,
projectou uma fábrica de chitas, uma de papel e duas de chapéus em
Elvas e em Lisboa. Em 1789, recuperou a fábrica de meias de Tomar,
fundando a Fábrica de Fiação, a primeira em Portugal a usar
a máquina a vapor. Faleceu em 1821.
Jaime de Oliveira
Jaime de Magalhães Marques e Oliveira, nasceu em 1911. Esteve ligado
às Fábricas Mendes Godinho e foi o último proprietário e sócio do
Cine-Teatro. Pelo seu carinho pelas crianças, criou sessões infantis
gratuitas. Já depois do encerramento do Cine-Teatro, mas ainda durante
a sua vida e seguindo o seu exemplo, a Câmara Municipal de Tomar
criou as sessões dominicais gratuitas de Cinema para a Infância, que
denominou sessões Jaime de Oliveira. Faleceu em 2003.
João de Castilho
Arquitecto espanhol nascido em 1490 (o apelido “Castilho” refere-se
a “Castilla”, ou “Castela”, em Espanha). Dirigiu as obras do Convento
de Cristo e do Mosteiro dos Jerónimos. É ainda hoje o único arquiteto
mundial autor de cinco obras classificadas como Património
Material da UNESCO. Faleceu em 1551.
João dos Santos Simões
Tomarense nascido em 1907, foi administrador da Fábrica de Fiação
e primeiro Conservador do Museu Luso-Hebraico Abrãao Zacuto, na
Sinagoga. Era um estudioso da Arte e uma autoridade no estudo da
azulejaria. Tornou-se no principal dinamizador do ressurgimento da
Festa dos Tabuleiros, em 1950. Faleceu em 1972.
João Maria de Sousa
Também conhecido por Dr. Sousa, era natural da aldeia de Porto da
Lage, foi médico em Tomar na segunda metade do século XIX. Foi
autor de uma obra sobre Tomar intitulada “Notícia Histórica e
Descriptiva da Cidade de Thomar”. Faleceu em 1905.
José-Augusto França
Tomarense nascido em 1922. É professor universitário jubilado, historiador,
escritor e crítico de arte. Foi presidente da Academia Nacional
de Belas-Artes e do Instituto de Cultura e Língua Portuguesas. Doou
grande parte da sua colecção particular de pintura contemporânea a
Tomar, criando-se, para o efeito, o Núcleo de Arte Contemporânea
do Museu Municipal de Tomar.
José Carlos de Lara Everard
Personalidade do século XIX. Não era natural de Tomar, mas em
muito contribuiu para o desenvolvimento da cidade. Era engenheiro
de Obras Públicas e a ele se deve, entre outras intervenções, o desenho
e traçado da “Levada”, rua a que foi atribuído o seu nome em reconhecimento
do seu trabalho. Faleceu em 1874.
José Vieira Guimarães
Nasceu em 1864. Foi historiógrafo, médico, professor, membro de
várias Academias, estudioso e autor de obras sobre Tomar, a sua
História e ao seu desenvolvimento. Doou à cidade, para fins culturais,
a Casa que ainda hoje tem o seu nome e é sede da Comissão da Festa
dos Tabuleiros. Faleceu em 1939.
Júlio Dias das Neves
Tomarense nascido em 1923. Foi professor do Ensino Técnico, professor
na Escola Industrial e Comercial de Tomar e seu Diretor.
Pertenceu à Comissão Instaladora da Escola Superior de Tecnologia
de Tomar juntamente com os professores José Bayolo Pacheco de
Amorim, seu Presidente, e Maria Rosário Baeta Neves. Como é sabido,
aquela Escola foi o embrião do Instituto Politécnico de Tomar.
Manuel da Silva Guimarães
Nasceu na Guarda em 1938. Foi professor em Tomar e diretor do
Hotel dos Templários. Esteve sempre ligado às questões da Cultura
e do Turismo tomarenses. Foi autor de várias obras, desde questões
ligadas a Tomar à Gastronomia. Foi Diretor da Biblioteca Municipal
na década de 1960. Foi assessor da Câmara Municipal de Tomar para
o Turismo durante vários anos, a ele se devendo, entre outras iniciativas,
a criação do original “Congresso da Sopa”. Faleceu em 1997.
Manuel Mendes Godinho
Industrial natural de Cem Soldos, nascido em 1849. Construiu a
moagem «A Portuguesa», adquiriu os Lagares d’El Rey em 1908 e a
concessão da produção e distribuição da energia eléctrica em Tomar.
Explorou outros sectores: cerâmica, rações para animais; extracção
de óleos ou placas prensadas de madeira, a «Platex». Faleceu em 1924.
Maria de Lourdes de Mello e Castro
Pintora discípula de Malhoa. Nasceu em Tomar em 1903. Está representada
em vários museus: Nacional de Arte Contemporânea, Rafael
Bordalo Pinheiro, Cidade de Lisboa e José Malhoa, entre outros. Obteve
importantes prémios nacionais de pintura. Faleceu em 1996.
Olivier de Gand
Escultor flamengo falecido em 1512. Veio para Portugal dados os
intensos contactos artísticos entre Portugal e a Flandres daquela
época. É de sua autoria o Cadeiral do Coro da Igreja do Convento de
Cristo, considerado, então, um dos mais ricos de Portugal, mas que,
infelizmente, foi destruído durante as Invasões Francesas.
Raul Lopes
Professor e pedagogo nascido em 1901 no Alvorge, concelho de
Ansião, fundou os Colégios Nun’Álvares, sendo, por isso, grande
responsável pela visibilidade de Tomar no País e no Estrangeiro. A
cidade prestou-lhe tributo atribuindo o seu nome à praceta fronteira
ao Colégio, cujo jardim acolhe uma estátua sua. Faleceu em 1970.
Samuel Schwarz
Judeu polaco nascido em 1880, foi engenheiro e investigador da cultura
hebraica. Chegou a Portugal em 1917. Adquiriu e recuperou o
edifício da Sinagoga às suas custas, reunindo ali inscrições hebraicas
do nosso país. Ofereceu a Sinagoga para ali ser instalado o Museu
Luso-Hebraico Abraham Zacuto. Faleceu em 1953.
Santa Cita
Segundo a lenda, no início do Cristianismo, foi martirizada uma jovem cristã:
Cita. Sobre o seu túmulo teria sido edificada uma capela e, mais tarde,
um convento. Em 1250, o alcaide do castelo de Tomar, Frei Lourenço
Mendes, doou aos franciscanos o casal de Vale Bom, perto de Santa
Cita, para fundação de um convento, erigido cerca de 1430.
Santa Iria
Padroeira de Tomar . Teria, segundo a lenda, vivido em meados do
século VII, durante o domínio visigótico. A Lenda de Santa Iria faz
parte do imaginário tomarense.
São Gregório Nazianzeno
Teólogo e padre da Igreja Grega. Viveu entre 330 e 389. O Papa S.
Basílio fê-lo Bispo de Sasina. Foi imortalizado pelas homilias, cartas
e poesia que escreveu. A sua mão foi trazida, como relíquia, para
Tomar, por Gualdim Pais; hoje encontra-se na Sé de Lisboa.
Silva Magalhães
Foi o primeiro fotógrafo de Tomar e um dos primeiros em Portugal.
Nasceu em 1834. As suas fotografias são uma importante fonte de
informação sobre o séc. XIX e XX. Foi vereador da Câmara Municipal.
Em 1880, fundou o jornal «A Verdade». Faleceu em 1897.
Astrónomo, matemático e médico natural de Salamanca, nascido em
1450. Por ser de ascendência judaica, foi expulso – ou terá fugido – do
seu país, chegando a Portugal em 1492. D. João II, reconhecendo-lhe
o saber e a competência, colocou-o ao seu serviço. Foi autor das
«Tábuas Astronómicas», precioso instrumento de trabalho e navegação
para o empreendimento português das Descobertas. D. Manuel
também o manteve ao serviço de Portugal até à sua expulsão pelas
mesmas razões que o haviam obrigado a fugir de Espanha. Faleceu
na Turquia, em 1510.
Aires de Quental
Feitor-mor (responsável máximo) das ferrarias e minas do início do
século XVI, na mesma época em que foram edificadas as Ferrarias de
Tomar e o Açude Novo das Ferrarias. Mandou construir a Capela de
S. Lourenço. O largo onde residiu ficou com o seu nome.
Amorim Rosa
Tomarense nascido em 1900, foi um militar de carreira (brigadeiro).
Exerceu cargos autárquicos e foi presidente de várias instituições
culturais da cidade. Foi um apaixonado pela História da sua terra,
dedicando-lhe um conjunto de obras literárias e jornalísticas, de que
se destacam os Anais do Município de Tomar, em 9 volumes, e a
História de Tomar, em dois. Faleceu em 1976.
Ângela Tamagnini
Senhora italiana, natural de Milão, da família dos Condes de Livorno.
Nasceu em 1770 e veio, ainda criança, para Portugal, com seu tio,
Inácio Tamagnini, fidalgo e médico honorário de D. Maria I. Conheceu
em Tomar, com quem casou em 1795, António Florêncio de Abreu
e Andrade, filho de Francisco Afonso de Lima, um comerciante de
tabacos e saboaria, chegando a ser Provedor da Misericórdia. Ficou
viúva em 1806. Tomar deve-lhe a generalização dos serviços de vacina
contra a varíola e a não devastação da cidade pelos soldados das
Invasões Francesas. Como sabia falar francês, foi a intermediária entre
as tropas francesas e Tomar, evitando grande devastação, a condenações
à morte de tomarenses e diminuindo as contribuições impostas
pelos franceses. As armas dos defensores tomarenses ficaram à sua
guarda, na sua residência que é hoje a sede da Sociedade Nabantina.
Os canos das espingardas ainda se podem ver no avarandado do pátio
interior daquele edifício.
Angelina Vidal
Angelina Casimira do Carmo da Silva Vidal nasceu em Lisboa em 1847.
Foi professora, jornalista e escritora. Foi directora do primeiro jornal
de Tomar, “Emancipação”, que foi publicado pela primeira vez em 2
de Fevereiro de 1879. Faleceu, também em Lisboa, em 1917.
António Bernardo da Costa Cabral
Nasceu em 1810. Era Ministro do Reino de Portugal (cargo hoje equivalente
a Primeiro-Ministro) no reinado de D. Maria II. Ficou ligado
a Tomar no processo de elevação de Tomar à categoria de cidade, em
1844, e por ter adquirido o Convento de Cristo depois da extinção
das Ordens Religiosas no nosso país, onde construiu uma residência
pessoal. Foi responsável pelo primeiro aproveitamento cultural do
Convento, em 1843, e pelo primeiro restauro da Charola, que decorreu
entre 1864 e 1870. Foi o 1º Conde de Tomar e também o 1º Marquês
de Tomar. Foi representante, ou embaixador, do nosso País junto da
Santa Sé, cargo que desempenhou quase duas décadas. Faleceu em
Portugal, no norte do país, em 1889.
Ângela Tamagnini
Senhora italiana, natural de Milão, da família dos Condes de Livorno.
Nasceu em 1770 e veio, ainda criança, para Portugal, com seu tio,
Inácio Tamagnini, fidalgo e médico honorário de D. Maria I. Conheceu
em Tomar, com quem casou em 1795, António Florêncio de Abreu
e Andrade, filho de Francisco Afonso de Lima, um comerciante de
tabacos e saboaria, chegando a ser Provedor da Misericórdia. Ficou
viúva em 1806. Tomar deve-lhe a generalização dos serviços de vacina
contra a varíola e a não devastação da cidade pelos soldados das
Invasões Francesas. Como sabia falar francês, foi a intermediária entre
as tropas francesas e Tomar, evitando grande devastação, a condenações
à morte de tomarenses e diminuindo as contribuições impostas
pelos franceses. As armas dos defensores tomarenses ficaram à sua
guarda, na sua residência que é hoje a sede da Sociedade Nabantina.
Os canos das espingardas ainda se podem ver no avarandado do pátio
interior daquele edifício.
Angelina Vidal
Angelina Casimira do Carmo da Silva Vidal nasceu em Lisboa em 1847.
Foi professora, jornalista e escritora. Foi directora do primeiro jornal
de Tomar, “Emancipação”, que foi publicado pela primeira vez em 2
de Fevereiro de 1879. Faleceu, também em Lisboa, em 1917.
António Bernardo da Costa Cabral
Nasceu em 1810. Era Ministro do Reino de Portugal (cargo hoje equivalente
a Primeiro-Ministro) no reinado de D. Maria II. Ficou ligado
a Tomar no processo de elevação de Tomar à categoria de cidade, em
1844, e por ter adquirido o Convento de Cristo depois da extinção
das Ordens Religiosas no nosso país, onde construiu uma residência
pessoal. Foi responsável pelo primeiro aproveitamento cultural do
Convento, em 1843, e pelo primeiro restauro da Charola, que decorreu
entre 1864 e 1870. Foi o 1º Conde de Tomar e também o 1º Marquês
de Tomar. Foi representante, ou embaixador, do nosso País junto da
Santa Sé, cargo que desempenhou quase duas décadas. Faleceu em
Portugal, no norte do país, em 1889.
Diogo de Arruda
Terá nascido nos últimos trinta anos do século XV e faleceu em 1531.
De origem alentejana, de uma família de Évora,
foi um dos principais arquitectos do período manuelino.
Desempenhou importante papel nas obras do Convento de Cristo,
cuja intervenção mais emblemática
é a fachada oeste do Coro da igreja manuelina,
onde se destaca a famosa Janela do Capítulo.
Diogo de Torralva
Arquiteto e escultor de origem estrangeira. Foi Mestre-de-Obras do
rei D. João III, que lhe encomendou a construção de importantes
partes do Convento de Cristo. Viveu de 1500 a 1566.
Domingos Vieira Serrão
Pintor tomarense nascido cerca de 1570 e falecido em 1632. Foi pintor
régio de Filipe II de Portugal, em 1619, e no Convento de Cristo.
Trabalhou em Madrid e Coimbra.
Fernando Araújo Ferreira (Nini Ferreira)
Nasceu em Tomar em 1912. Teve uma vida dedicada à terra que amava.
Licenciado em Farmácia, foi jornalista, escritor, cronista e poeta da sua
terra, referência cultural obrigatória e defensor do Rio, de Tomar, da
Festa dos Tabuleiros e tradições do Concelho. Faleceu em 1998.
Fernando Lopes-Graça
Um dos mais importantes compositores portugueses do século XX.
Nasceu em Tomar em 1906. Foi também jornalista, tendo fundado,
em 1923, o jornal “A Acção”. Detentor de inúmeros prémios e elevadas
distinções nacionais e estrangeiras, é uma referência inquestionável
da Música e da Cultura do nosso país. Faleceu em 1994.
Frei António de Lisboa
Foi nomeado em 1529, por D. João III, D. Prior do Convento de Cristo
e Vigário de Tomar, de onde era natural. O Rei encarregou-o da
reforma da Ordem de Cristo, transformando-a numa ordem monástica
de clausura. O seu nome completo era António Moniz da Silva.
Gregório Lopes
Pintor do século XVI. Foi pintor régio de D. Manuel I e D. João III.
Há pinturas suas na Igreja de S. João Batista, na Charola do Convento
de Cristo e na Igreja de Cem Soldos. O Museu Nacional de Arte
Antiga, em Lisboa, tem também obras de sua autoria que são pertença
de Tomar e do seu Convento. Viveu em Tomar de 1536 a 1541.
Gualdim Pais
Nasceu em Amares (Braga), em 1118. Foi companheiro de armas de
D. Afonso Henriques, o 4º Mestre Templário de Portugal e o Fundador
de Tomar. Combateu cinco anos na Palestina.
Faleceu em 13 de Outubro de 1195.
Infante D. Henrique
Nasceu em 1394. Era filho do Rei D. João I. Foi Administrador da
Ordem de Cristo e o grande impulsionador dos Descobrimentos
Portugueses. Viveu parte da sua vida em Tomar, contribuindo para
o seu desenvolvimento. Faleceu em 1460.
Jácome Ratton
Nasceu em França, em 1736, vindo para Portugal, em 1747. Em 1764,
projectou uma fábrica de chitas, uma de papel e duas de chapéus em
Elvas e em Lisboa. Em 1789, recuperou a fábrica de meias de Tomar,
fundando a Fábrica de Fiação, a primeira em Portugal a usar
a máquina a vapor. Faleceu em 1821.
Jaime de Oliveira
Jaime de Magalhães Marques e Oliveira, nasceu em 1911. Esteve ligado
às Fábricas Mendes Godinho e foi o último proprietário e sócio do
Cine-Teatro. Pelo seu carinho pelas crianças, criou sessões infantis
gratuitas. Já depois do encerramento do Cine-Teatro, mas ainda durante
a sua vida e seguindo o seu exemplo, a Câmara Municipal de Tomar
criou as sessões dominicais gratuitas de Cinema para a Infância, que
denominou sessões Jaime de Oliveira. Faleceu em 2003.
João de Castilho
Arquitecto espanhol nascido em 1490 (o apelido “Castilho” refere-se
a “Castilla”, ou “Castela”, em Espanha). Dirigiu as obras do Convento
de Cristo e do Mosteiro dos Jerónimos. É ainda hoje o único arquiteto
mundial autor de cinco obras classificadas como Património
Material da UNESCO. Faleceu em 1551.
João dos Santos Simões
Tomarense nascido em 1907, foi administrador da Fábrica de Fiação
e primeiro Conservador do Museu Luso-Hebraico Abrãao Zacuto, na
Sinagoga. Era um estudioso da Arte e uma autoridade no estudo da
azulejaria. Tornou-se no principal dinamizador do ressurgimento da
Festa dos Tabuleiros, em 1950. Faleceu em 1972.
João Maria de Sousa
Também conhecido por Dr. Sousa, era natural da aldeia de Porto da
Lage, foi médico em Tomar na segunda metade do século XIX. Foi
autor de uma obra sobre Tomar intitulada “Notícia Histórica e
Descriptiva da Cidade de Thomar”. Faleceu em 1905.
José-Augusto França
Tomarense nascido em 1922. É professor universitário jubilado, historiador,
escritor e crítico de arte. Foi presidente da Academia Nacional
de Belas-Artes e do Instituto de Cultura e Língua Portuguesas. Doou
grande parte da sua colecção particular de pintura contemporânea a
Tomar, criando-se, para o efeito, o Núcleo de Arte Contemporânea
do Museu Municipal de Tomar.
José Carlos de Lara Everard
Personalidade do século XIX. Não era natural de Tomar, mas em
muito contribuiu para o desenvolvimento da cidade. Era engenheiro
de Obras Públicas e a ele se deve, entre outras intervenções, o desenho
e traçado da “Levada”, rua a que foi atribuído o seu nome em reconhecimento
do seu trabalho. Faleceu em 1874.
José Vieira Guimarães
Nasceu em 1864. Foi historiógrafo, médico, professor, membro de
várias Academias, estudioso e autor de obras sobre Tomar, a sua
História e ao seu desenvolvimento. Doou à cidade, para fins culturais,
a Casa que ainda hoje tem o seu nome e é sede da Comissão da Festa
dos Tabuleiros. Faleceu em 1939.
Júlio Dias das Neves
Tomarense nascido em 1923. Foi professor do Ensino Técnico, professor
na Escola Industrial e Comercial de Tomar e seu Diretor.
Pertenceu à Comissão Instaladora da Escola Superior de Tecnologia
de Tomar juntamente com os professores José Bayolo Pacheco de
Amorim, seu Presidente, e Maria Rosário Baeta Neves. Como é sabido,
aquela Escola foi o embrião do Instituto Politécnico de Tomar.
Manuel da Silva Guimarães
Nasceu na Guarda em 1938. Foi professor em Tomar e diretor do
Hotel dos Templários. Esteve sempre ligado às questões da Cultura
e do Turismo tomarenses. Foi autor de várias obras, desde questões
ligadas a Tomar à Gastronomia. Foi Diretor da Biblioteca Municipal
na década de 1960. Foi assessor da Câmara Municipal de Tomar para
o Turismo durante vários anos, a ele se devendo, entre outras iniciativas,
a criação do original “Congresso da Sopa”. Faleceu em 1997.
Manuel Mendes Godinho
Industrial natural de Cem Soldos, nascido em 1849. Construiu a
moagem «A Portuguesa», adquiriu os Lagares d’El Rey em 1908 e a
concessão da produção e distribuição da energia eléctrica em Tomar.
Explorou outros sectores: cerâmica, rações para animais; extracção
de óleos ou placas prensadas de madeira, a «Platex». Faleceu em 1924.
Maria de Lourdes de Mello e Castro
Pintora discípula de Malhoa. Nasceu em Tomar em 1903. Está representada
em vários museus: Nacional de Arte Contemporânea, Rafael
Bordalo Pinheiro, Cidade de Lisboa e José Malhoa, entre outros. Obteve
importantes prémios nacionais de pintura. Faleceu em 1996.
Olivier de Gand
Escultor flamengo falecido em 1512. Veio para Portugal dados os
intensos contactos artísticos entre Portugal e a Flandres daquela
época. É de sua autoria o Cadeiral do Coro da Igreja do Convento de
Cristo, considerado, então, um dos mais ricos de Portugal, mas que,
infelizmente, foi destruído durante as Invasões Francesas.
Raul Lopes
Professor e pedagogo nascido em 1901 no Alvorge, concelho de
Ansião, fundou os Colégios Nun’Álvares, sendo, por isso, grande
responsável pela visibilidade de Tomar no País e no Estrangeiro. A
cidade prestou-lhe tributo atribuindo o seu nome à praceta fronteira
ao Colégio, cujo jardim acolhe uma estátua sua. Faleceu em 1970.
Samuel Schwarz
Judeu polaco nascido em 1880, foi engenheiro e investigador da cultura
hebraica. Chegou a Portugal em 1917. Adquiriu e recuperou o
edifício da Sinagoga às suas custas, reunindo ali inscrições hebraicas
do nosso país. Ofereceu a Sinagoga para ali ser instalado o Museu
Luso-Hebraico Abraham Zacuto. Faleceu em 1953.
Santa Cita
Segundo a lenda, no início do Cristianismo, foi martirizada uma jovem cristã:
Cita. Sobre o seu túmulo teria sido edificada uma capela e, mais tarde,
um convento. Em 1250, o alcaide do castelo de Tomar, Frei Lourenço
Mendes, doou aos franciscanos o casal de Vale Bom, perto de Santa
Cita, para fundação de um convento, erigido cerca de 1430.
Santa Iria
Padroeira de Tomar . Teria, segundo a lenda, vivido em meados do
século VII, durante o domínio visigótico. A Lenda de Santa Iria faz
parte do imaginário tomarense.
São Gregório Nazianzeno
Teólogo e padre da Igreja Grega. Viveu entre 330 e 389. O Papa S.
Basílio fê-lo Bispo de Sasina. Foi imortalizado pelas homilias, cartas
e poesia que escreveu. A sua mão foi trazida, como relíquia, para
Tomar, por Gualdim Pais; hoje encontra-se na Sé de Lisboa.
Silva Magalhães
Foi o primeiro fotógrafo de Tomar e um dos primeiros em Portugal.
Nasceu em 1834. As suas fotografias são uma importante fonte de
informação sobre o séc. XIX e XX. Foi vereador da Câmara Municipal.
Em 1880, fundou o jornal «A Verdade». Faleceu em 1897.