SABES OU NÃO?
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paginação_10_os_judeus_e_a_judiaria.pdf | |
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O povo Judeu surgiu há cerca de 4000 anos. Nesses tempos,
chamava-se povo Hebreu. Em 2000 a. C., na Mesopotâmia, a cidade de Ur foi devastada e os habitantes fugiram liderados por Abraão, um nome que quer dizer “pai de muitas nações”, pois os seus descendentes fundaram tribos, ou nações, diferentes. Um deles era Judá, nome de onde vem “Judeia” (terra dos Judeus), “Judeus” (nascidos na Judeia) e “Judaísmo” (religião).
A religião deste povo tinha um único deus. O deus dos Hebreus
é Iavé, por sinal o mesmo deus dos Cristãos e dos Árabes, embora para estes, com outros nomes (Deus e Alá).
Por causa das guerras e por adorarem um único deus, foram
perseguidos, expulsos das suas terras e até obrigados a professar outras religiões.
Os Cristãos também os perseguiram e obrigavam-nos a viver
segregados (separados) porque os consideravam responsáveis pela morte de Jesus Cristo, que também tinha sido Judeu.
Por causa das perseguições que sofreram durante os quatro mil
anos da sua existência, encontram-se espalhados por todo o mundo.
Para os Judeus, o tempo começa a contar a partir do momento
da criação de Adão, por Deus, o que, segundo eles, aconteceu em 3760 a. C.. Por isso, têm um calendário diferente do nosso. Assim, tal como podes fazer com o calendário Árabe, também consegues saber em que ano Judeu estamos: basta acrescentar 3760 anos.
Como os Judeus não tinham país, por andarem quase sempre
em fuga, eram comerciantes, médicos, matemáticos, astrónomos, escribas e banqueiros. Ora se andavam por toda a parte, chegaram a Portugal e a Tomar, onde também se fixaram.
O primeiro documento que referente aos Judeus em Thomar é
de 1315. No século XIV, a comunidade judaica estava instalada na Rua da Judaria (hoje Rua Dr. Joaquim Jacinto) era numerosa para a época: à volta de 300 pessoas. Nessa rua, existiam portas nas extremidades, que se fechavam à noite.
A comunidade judaica contribuiu muito para o crescimento de
Thomar nos séculos XIV e XV.
O Infante D. Henrique, sabedor da importância desta comunidade, apoiou-a imenso enquanto aqui residiu.
Os templos dos Judeus eram (e são) as sinagogas, onde
se rezava e ensinava.
Naquele tempo, quando existia um edifício construído de propósito para ser sinagoga, era sinal de que a comunidade tinha muita influência, riqueza e ali vivia há muito, como é o caso de Tomar.
A Sinagoga de Tomar é a mais antiga e bem conservada do
nosso país. Foi construída no século XV e encerrada em 1496, quando os Judeus foram expulsos de Portugal, após o que foi transformada em prisão; no século XVII, foi templo cristão: a Ermida de S. Bartolomeu; no século XIX, serviu de palheiro, celeiro, armazém de mercearias e arrecadação privada. Em 1921 o Governo Português classificou-a como Monumento
Nacional.
Em 1923, Samuel Schwarz, um judeu da Polónia, adquiriu-a
e doou-a, em 1939, ao Estado Português na condição de nela se
instalar o Museu Luso-Hebraico, onde estão expostas várias lápides com inscrições e objetos da religião judaica, como o Shofar (trombeta sagrada) e a Torah (o livro sagrado dos Judeus).
A Sinagoga atual é metade da primitiva, pois existiam duas
salas: uma para homens e outra para mulheres, tudo indicando que a sala desaparecida (para permitir a construção de outro edifício no final do século XVIII) era a sala destinada às mulheres.
As quatro colunas representam as quatro matriarcas de Israel.
Os capitéis são decorados com elementos florais: dois são iguais
porque representam as irmãs Léa e Raquel; os outros dois são diferentes representando Sara e Rebeca.
chamava-se povo Hebreu. Em 2000 a. C., na Mesopotâmia, a cidade de Ur foi devastada e os habitantes fugiram liderados por Abraão, um nome que quer dizer “pai de muitas nações”, pois os seus descendentes fundaram tribos, ou nações, diferentes. Um deles era Judá, nome de onde vem “Judeia” (terra dos Judeus), “Judeus” (nascidos na Judeia) e “Judaísmo” (religião).
A religião deste povo tinha um único deus. O deus dos Hebreus
é Iavé, por sinal o mesmo deus dos Cristãos e dos Árabes, embora para estes, com outros nomes (Deus e Alá).
Por causa das guerras e por adorarem um único deus, foram
perseguidos, expulsos das suas terras e até obrigados a professar outras religiões.
Os Cristãos também os perseguiram e obrigavam-nos a viver
segregados (separados) porque os consideravam responsáveis pela morte de Jesus Cristo, que também tinha sido Judeu.
Por causa das perseguições que sofreram durante os quatro mil
anos da sua existência, encontram-se espalhados por todo o mundo.
Para os Judeus, o tempo começa a contar a partir do momento
da criação de Adão, por Deus, o que, segundo eles, aconteceu em 3760 a. C.. Por isso, têm um calendário diferente do nosso. Assim, tal como podes fazer com o calendário Árabe, também consegues saber em que ano Judeu estamos: basta acrescentar 3760 anos.
Como os Judeus não tinham país, por andarem quase sempre
em fuga, eram comerciantes, médicos, matemáticos, astrónomos, escribas e banqueiros. Ora se andavam por toda a parte, chegaram a Portugal e a Tomar, onde também se fixaram.
O primeiro documento que referente aos Judeus em Thomar é
de 1315. No século XIV, a comunidade judaica estava instalada na Rua da Judaria (hoje Rua Dr. Joaquim Jacinto) era numerosa para a época: à volta de 300 pessoas. Nessa rua, existiam portas nas extremidades, que se fechavam à noite.
A comunidade judaica contribuiu muito para o crescimento de
Thomar nos séculos XIV e XV.
O Infante D. Henrique, sabedor da importância desta comunidade, apoiou-a imenso enquanto aqui residiu.
Os templos dos Judeus eram (e são) as sinagogas, onde
se rezava e ensinava.
Naquele tempo, quando existia um edifício construído de propósito para ser sinagoga, era sinal de que a comunidade tinha muita influência, riqueza e ali vivia há muito, como é o caso de Tomar.
A Sinagoga de Tomar é a mais antiga e bem conservada do
nosso país. Foi construída no século XV e encerrada em 1496, quando os Judeus foram expulsos de Portugal, após o que foi transformada em prisão; no século XVII, foi templo cristão: a Ermida de S. Bartolomeu; no século XIX, serviu de palheiro, celeiro, armazém de mercearias e arrecadação privada. Em 1921 o Governo Português classificou-a como Monumento
Nacional.
Em 1923, Samuel Schwarz, um judeu da Polónia, adquiriu-a
e doou-a, em 1939, ao Estado Português na condição de nela se
instalar o Museu Luso-Hebraico, onde estão expostas várias lápides com inscrições e objetos da religião judaica, como o Shofar (trombeta sagrada) e a Torah (o livro sagrado dos Judeus).
A Sinagoga atual é metade da primitiva, pois existiam duas
salas: uma para homens e outra para mulheres, tudo indicando que a sala desaparecida (para permitir a construção de outro edifício no final do século XVIII) era a sala destinada às mulheres.
As quatro colunas representam as quatro matriarcas de Israel.
Os capitéis são decorados com elementos florais: dois são iguais
porque representam as irmãs Léa e Raquel; os outros dois são diferentes representando Sara e Rebeca.