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Por que terá sido extinta a Ordem dos Templários?
Desde a sua fundação, em 1119, a Ordem dos Templários, estava dispensada de pagar impostos para poder usar o dinheiro na defesa dos peregrinos. De resto, os reis, ainda doavam à Ordem terrenos e povoações (comendas), o que fez dela uma Ordem riquíssima, muitoimportante e poderosa na Terra Santa e também na Europa. Até emprestava dinheiro aos reis, fazendo-os depender de uma organização que não pertencia a qualquer país, pois os Templários só respondiam perante o Papa. Entretanto, em 1219, os Templários sofreram a sua grande e última derrota na Terra Santa, obrigando-os a regressar à Europa. Na França, passou a localizar-se a sua sede principal, em Paris. Por todo o seu poder e riqueza, a Ordem dos Templários foi extinta em 1307 pelo rei francês Filipe o Belo, com o apoio do Papa que também era francês. Aliás, os dois inventaram acusações falsas contra os Templários para os prenderem. Na verdade, o que o rei francês pretendia era que a grande riqueza da Ordem ficasse em seu poder. Como a Ordem dos Templários tinha dimensão europeia, desapareceu dos países onde existia. Em Portugal, o nosso rei D. Dinis não evitou a extinção da Ordem, mas conseguiu que os seus bens, terras e dinheiro ficassem no nosso país, chegando a convencer o Papa a criar uma nova Ordem em 1319, que herdou tudo o que pertencera aos Templários: a Ordem de Cristo. |
A primeira sede da Ordem de Cristo foi no Algarve, em Castro Marim, pois, naquela altura, era a derradeira fronteira com os árabes
do Norte de África e do Sul da Península Ibérica.
Em 1357, a sede da Ordem de Cristo mudou-se definitivamente para o antigo castelo de Thomar, a Vila recuperou a sua importância
e voltou a progredir.
No século XV, o Infante D. Henrique (filho do Rei de Portugal D. João I nomeado Administrador da Ordem de Cristo pelo Papa, em
1417 a pedido do Rei), mandou construir, dentro das muralhas do castelo, os Paços do Infante (“paços” ou palácio;
residência importante), isto é, a sua residência oficial, no local do antigo convento
templário que ali existia desde 1170. Estes Paços tornaram-se residência real quando os Reis se deslocassem
a Thomar.
Ainda dentro do castelo, o Infante mandou edificar o Claustro do Cemitério e o Claustro da
Lavagem.
Foi ao Infante D. Henrique que se deveu o grande desenvolvimento da Vila: a regularização do rio permitiu o alargamento da levada
dos moinhos e lagares da Ordem e a organização da Vila com ruas perpendiculares, prolongando ruas já existentes e mandando
construir outras; começou a reconstruir a Corredoura, bem como a capela de S. João (no seu lugar, está agora uma igreja
com o mesmo nome mandada construir por D. Manuel I), em frente à qual edificou as Boticas (lojas), surgindo o largo que é hoje a Praça da República, bem como a rua de S. João.
A Praça da Ribeira, ganhou importância com a instalação das Saboarias (fábricas de sabão) e com o reforço dos celeiros, armazéns
e adegas: as Tercenas e os Cubos, onde se mediam e arrecadavam as rendas da Ordem (vinho, azeite e cereais). Depois de medidos, os produtos agrícolas eram guardados nos armazéns e adegas: as Tercenas.
O edifício dos Cubos era assim designado por causa das “cubas” (pipas) em alvenaria (construção de pedra e argamassa) de forma cúbica que ali estavam. Cada cuba tinha, ao alto, uma pequena placa em pedra com a indicação gravada da sua capacidade. Estas cubas ainda existiam na década de 1930; presentemente só restam as placas que se encontram guardadas no Claustro da Lavagem do Convento de Cristo. O portal dos Cubos é agora a porta do edifício do Turismo.
Naquela época, Thomar era um local de intensa passagem de pessoas e mercadorias. Por essa e outras razões, o Infante criou, em 1421, a primeira Feira Franca, isto é, uma feira onde os comerciantes podiam vender sem pagar impostos, e mandou construir os
Estaus, de que restam alguns dos arcos. Esse edifício servia para estalagem, aposentadoria e comércio.
Foi aí que, em 9 de Setembro de 1438, faleceu o Rei D. Duarte irmão do Infante D. Henrique.
É também ao Infante que se deve a modernização dos serviços de saúde da época, reunindo as quase duas dezenas de gafarias
(casas onde se tratavam doentes) espalhadas pela Vila num só hospital, em 1449, o Hospital de Santa Maria da Graça.
do Norte de África e do Sul da Península Ibérica.
Em 1357, a sede da Ordem de Cristo mudou-se definitivamente para o antigo castelo de Thomar, a Vila recuperou a sua importância
e voltou a progredir.
No século XV, o Infante D. Henrique (filho do Rei de Portugal D. João I nomeado Administrador da Ordem de Cristo pelo Papa, em
1417 a pedido do Rei), mandou construir, dentro das muralhas do castelo, os Paços do Infante (“paços” ou palácio;
residência importante), isto é, a sua residência oficial, no local do antigo convento
templário que ali existia desde 1170. Estes Paços tornaram-se residência real quando os Reis se deslocassem
a Thomar.
Ainda dentro do castelo, o Infante mandou edificar o Claustro do Cemitério e o Claustro da
Lavagem.
Foi ao Infante D. Henrique que se deveu o grande desenvolvimento da Vila: a regularização do rio permitiu o alargamento da levada
dos moinhos e lagares da Ordem e a organização da Vila com ruas perpendiculares, prolongando ruas já existentes e mandando
construir outras; começou a reconstruir a Corredoura, bem como a capela de S. João (no seu lugar, está agora uma igreja
com o mesmo nome mandada construir por D. Manuel I), em frente à qual edificou as Boticas (lojas), surgindo o largo que é hoje a Praça da República, bem como a rua de S. João.
A Praça da Ribeira, ganhou importância com a instalação das Saboarias (fábricas de sabão) e com o reforço dos celeiros, armazéns
e adegas: as Tercenas e os Cubos, onde se mediam e arrecadavam as rendas da Ordem (vinho, azeite e cereais). Depois de medidos, os produtos agrícolas eram guardados nos armazéns e adegas: as Tercenas.
O edifício dos Cubos era assim designado por causa das “cubas” (pipas) em alvenaria (construção de pedra e argamassa) de forma cúbica que ali estavam. Cada cuba tinha, ao alto, uma pequena placa em pedra com a indicação gravada da sua capacidade. Estas cubas ainda existiam na década de 1930; presentemente só restam as placas que se encontram guardadas no Claustro da Lavagem do Convento de Cristo. O portal dos Cubos é agora a porta do edifício do Turismo.
Naquela época, Thomar era um local de intensa passagem de pessoas e mercadorias. Por essa e outras razões, o Infante criou, em 1421, a primeira Feira Franca, isto é, uma feira onde os comerciantes podiam vender sem pagar impostos, e mandou construir os
Estaus, de que restam alguns dos arcos. Esse edifício servia para estalagem, aposentadoria e comércio.
Foi aí que, em 9 de Setembro de 1438, faleceu o Rei D. Duarte irmão do Infante D. Henrique.
É também ao Infante que se deve a modernização dos serviços de saúde da época, reunindo as quase duas dezenas de gafarias
(casas onde se tratavam doentes) espalhadas pela Vila num só hospital, em 1449, o Hospital de Santa Maria da Graça.
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